A Itália anunciou nesta 2ª feira (29.jan.2024) um investimento de € 5,5 bilhões na África. A aplicação faz parte do “Plano Mattei”, que pretende reduzir a imigração para a Europa de futuras gerações africanas em busca de melhor qualidade de vida. O país é uma das principais portas de entrada do Mediterrâneo para imigrantes do continente.
Durante a realização da Cúpula Itália-África, a primeira-ministra Giorgia Meloni afirmou que o projeto pode contar com € 5,5 bilhões entre créditos, doações e garantias. Assim, € 3 bilhões do fundo italiano serão destinados ao clima e € 2,5 bilhões para a cooperação para o desenvolvimento do continente.
“Grata à Itália por colocar a cooperação com África no centro da sua política externa e da Presidência do G7. O Plano Mattei é uma ajuda importante para esta nova fase da parceria UE-África”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A reunião que contou com o anúncio do “Plano Mattei” foi realizada no Palazzo Madama, em Roma, e contou com representação de 45 países africanos.
ENTENDA O PLANO MATTEI
O projeto pretende abranger temas relacionados a agricultura, educação, saúde e acesso dos países a água, além de propor tornar da Itália uma ponte para envio do gás africano ao continente europeu. Eis a íntegra do documento com os 5 pilares do programa (PDF – 71 kB, em italiano).
- educação: o plano fala em expandir e melhorar o ensino das escolas do continente. Propõe que o currículo base das escolas africanas possam passar por alterações para entrar em conformidade com modelos educacionais da Itália;
- saúde: programa diz que pretende aumentar o acesso da população africana a hospitais, tratamentos de enfermidades e prevenções de doenças;
- agricultura: a proposta quer incentivar a agricultura familiar, fortalecer cadeias de suprimento, aumentar o acesso da população a água por meio criação de poços e apoiar a energia verde na África para combater as taxas de desnutrição da população;
- energia: o Plano Mattei diz querer fazer da Itália uma ponte entre África e Europa. Segundo o projeto, a energia verde africana exportada aos europeus tem potencial para reforçar a eficiência energética dos países que sofrem com o aumento do custo para geração de energia desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
