Crise no Iêmen pode levar petróleo acima de US$ 90, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em entrevista à Bloomberg TV na 2ª feira (29.jan.2024) que o petróleo pode ultrapassar o valor de US$ 90 por barril este ano caso os ataques a navios mercantes no mar Vermelho se intensifiquem. As embarcações estão sendo alvos dos houthis, que atua no Iêmen. As investidas são uma forma do grupo rebelde prestar apoio ao Hamas na guerra contra Israel.

Temos um gargalo muito frágil para o negócio de petróleo e gás. Ninguém estava prestando atenção a isso há décadas. Você tem o Iêmen de um lado e a Somália do outro”, afirmou Prates sobre o mapa da região da Península Árabe e África. Segundo ele, sem qualquer escalada de conflitos, o petróleo deve continuar sendo negociado de US$ 70 a US$ 90 em 2024.

Prates afirmou que o mundo não está “no fim da era do petróleo” e, por isso, o produto será “muito importante” em questões geopolíticas. Ele disse ver que a situação em 2024 será similar a de 2023 no que diz respeito ao preço e que será preciso se “proteger” dos riscos que os conflitos podem ocasionar.

Neste momento, a Petrobras está bastante protegida”, disse. “Nós não importamos petróleo do Oriente Médio. Pelo contrário, nós exportamos petróleo”, declarou.

Ele disse que a Petrobras não navega por mares e canais da região e, por isso, não tem a necessidade de “desviar tanto” a rota de seus navios.

Prates afirmou que o governo brasileiro ajudará a mediar a disputa entre a Venezuela e a Guiana por conta do território de Essequibo. Ele afirmou que a Exxon Mobil fez “uma série de descobertas de vários bilhões de barris de petróleo” na área e a Petrobras poderia investir em projetos de petróleo na região.

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