Pré-candidata do Partido Republicano à Presidência dos EUA, Nikki Haley solicitou proteção do Serviço Secreto por causa das crescentes ameaças que vem recebendo. A informação foi confirmada pela ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas) ao The Wall Street Journal.
“Tivemos vários problemas”, declarou à publicação. “Isso não vai me impedir de fazer o que preciso fazer”, completou. Nem a pré-candidata nem representantes de sua campanha deram detalhes das ameaças recebidas.
O Serviço Secreto não determina quem se qualifica para receber proteção e não tem poderes para iniciar de forma independente a salvaguardar candidatos. Conforme o jornal, a proteção deve ser autorizada pelo Departamento de Segurança Interna depois de consulta a um comitê do Congresso.
Depois da desistência de diversos pré-candidatos republicanos, Haley se tornou a principal adversária do ex-presidente Donald Trump na corrida que termina com a indicação do Partido Republicano do nome que disputará as eleições de novembro deste ano.
Leia mais:
- Candidatos à Casa Branca deveriam fazer teste cognitivo, diz Trump;
- Trump faz piada com origem indiana de pré-candidata republicana;
- “Luta não acabou”, diz Nikki Haley após nova derrota em primária.
Entenda as eleições nos EUA
Nos EUA, antes do pleito oficial, os Estados realizam prévias eleitorais –primárias ou caucus. O objetivo é escolher, dentre os pré-candidatos dos partidos, aquele que representará a legenda no pleito, marcado para 5 de novembro.
Nas prévias, cada Estado organiza sua primária com regras próprias. São 2 modelos. O tradicional, com voto em cédulas, que pode ser aberto, fechado ou livre. Com apenas filiados ou não. Já o caucus é uma reunião do partido. Os eleitores reúnem-se em um espaço para decidir quem será o candidato.
Nos Estados Unidos, o vencedor das eleições não é o candidato com mais votos populares, mas quem conquista a maioria dos delegados de cada Estado. Esses são distribuídos para o candidato mais votado. Nas prévias a lógica é diferente. Os delegados votam proporcionalmente ao número de votos.
A principal data das prévias será em 5 de março, quando eleitores de 16 Estados e 1 território votarão. A data é conhecida como “Super Tuesday” (Super 3ª feira, em tradução livre). Os territórios de Guam e Ilhas Virgens encerrarão as prévias em 8 de junho.
Voto não é obrigatório
Nos EUA, ninguém é obrigado por lei a votar em qualquer eleição local, estadual ou presidencial. Segundo a Constituição, votar é um direito, mas não é um requisito.
Colégio Eleitoral
O presidente e o vice-presidente dos EUA são eleitos indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Cada Estado tem o mesmo número de delegados que cadeiras no Congresso (Câmara dos Deputados e Senado). São 538 delegados.
Após votar para presidente, o voto é contabilizado ao nível estadual. Em 48 estados e em Washington (D.C.), o vencedor recebe todos os votos eleitorais daquele Estado. Maine e Nebraska atribuem seus eleitores usando um sistema proporcional.
Um candidato precisa do voto de pelo menos 270 delegados –mais da metade do total– para vencer a eleição presidencial.
Um vencedor projetado costuma ser anunciado já na noite da eleição em novembro. No entanto, a votação oficial do Colégio Eleitoral é realizada em meados de dezembro, quando os delegados se encontram.
A diplomação do resultado será em 6 de janeiro de 2025. A posse, em 20 de janeiro.