O bitcoin representava 53% do portfólio dos clientes na América Latina em 2023, de acordo com 1º relatório publicado pela Bitso referente à região. De acordo com o documento, no período, 38% das criptomoedas adquiridas foram BTC. No Brasil, o bitcoin representa 58% do holding total. Ainda assim, o país é o mercado com o portfólio mais diverso, com destaque para altcoins e memecoins.
O documento mostra a dominância da principal criptomoeda no mercado e indica ainda maior interesse por altcoins no Brasil. Além disso, também demonstra elevação da participação feminina na compra de ativos digitais. O relatório, que será feito a cada semestre, tem como base 8 milhões de usuários da plataforma da Bitso, que tem operações na Argentina, Brasil, Colômbia e México.
“O interesse em moedas digitais mais consolidadas, a maior diversificação dos casos de uso e a segurança de plataformas transparentes impulsionaram a adoção contínua de criptomoedas”, diz Gabriel Alves, vice-presidente Global de Produto da Bitso.
O relatório indica que a América Latina como um todo demonstra uma forte propensão à adoção tecnológica, sendo os dólares digitais (USD stablecoins e USDT) as criptomoedas que mais cresceram na região. O entusiasmo sobre o tema vem principalmente dos jovens e o envolvimento das mulheres tenha crescido, o ecossistema cripto ainda é dominado por homens.
“A América Latina tem se mostrado uma região com altas taxas de adoção de criptomoedas em todo o mundo. Países como Brasil, Argentina e México estão entre os 20 primeiros do mundo com a maior adoção de criptomoedas”, diz o documento.
No Brasil, houve expansão anual de 31% no número de usuários cripto, com um portfólio diversificado, incluindo 17% do total de investimentos em altcoins, incluindo uma propensão significativa para Shiba, de 3%. Conforme o documento, o país possui a menor penetração de Ethereum da região.
Em relação às compras em 2023 no Brasil, o destaque fica para o bitcoin, dólares digitais e USDT. Leia abaixo as compras de criptomoedas:
Na Argentina e na Colômbia, as stablecoins ganham popularidade, com uma presença de 26% e 17% na carteira média, respectivamente.
A Colômbia registou 60% de alta no número de usuários e é o país com maior percentual de mulheres em transações cripto, com 33% do total. Enquanto isso, os argentinos realizam metade das compras com dólar cripto, superando o bitcoin. Já o México é único país da América Latina onde o XRP está em peso nos portfólios, em 3º no ranking, diante de seu uso em transferências internacionais.