O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta 6ª feira (9.fev.2024) que o premiê ordenou às Forças de Defesa de Israel e ao sistema de segurança do país que apresentem um novo plano de ataque contra o Hamas. O objetivo é evacuar cidadãos palestinos de Rafah e destruir batalhões do grupo extremista na cidade.
De acordo com o gabinete israelense, existem 4 batalhões do Hamas em Rafah e, sem sua destruição, os objetivos de Israel não serão alcançados. Esta é a cidade que faz fronteira com o Egito e onde estão a maior parte dos civis que fugiram das cidades ao Norte do território.
Em uma publicação em seu perfil oficial no X (ex-Twitter), Netanyahu disse que “é impossível alcançar o objetivo da guerra de eliminar o Hamas deixando 4 batalhões do Hamas em Rafah”.
“Por outro lado, é claro que a intensa atividade em Rafah requer que civis evacuem áreas de combate”
O chefe humanitário da ONU (Organização das Nações Unidas), Martin Griffiths, expressou preocupação sobre os ataques na região –que já sofreu bombardeios mortais na 5ª feira, quando 14 pessoas morreram, incluindo 5 crianças.
Ele destacou, em um comunicado divulgado pela organização, que mais da metade da população de Gaza está “aglomerada” em Rafah. Segundo a ONU, os militares anunciaram uma suspensão temporária das atividades militares diariamente das 10h às 14h para fins humanitários.
ISRAEL NEGOU CESSAR-FOGO
Na 3ª feira (7.fev.), Netanyahu negou proposta de cessar-fogo pelo grupo palestino e pregou “vitória total” de Israel no conflito contra o grupo paramilitar. Na oportunidade, o líder também enfatizou que a derrota do grupo é a única maneira de encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo de 135 dias em Gaza conduziria o conflito ao fim e consistia no comprometimento do grupo paramilitar para libertar todas as mulheres israelenses, os homens com menos de 19 anos e idosos mantidos reféns desde o início da guerra. Em troca, Israel soltaria mulheres e crianças palestinas presas no país.