O Poder360, em parceria com o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), lança nesta 6ª feira (14.jun.2024) mais um episódio do programa Infra em 1 Minuto. Em análises semanais, Pedro Rodrigues, sócio da consultoria e especialista em óleo e gás, fala sobre os principais assuntos relacionados ao setor de energia.
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Neste 91º episódio, Rodrigues fala sobre o 1º ano da nova política de preços da Petrobras para o diesel e a gasolina produzidos em suas refinarias. A companhia aprovou a estratégia em 15 de maio de 2023, depois de 6 anos de vigência do PPI (Preço de Paridade de Importação).
Atualmente, o valor dos combustíveis considera o preço praticado pelos concorrentes e o “valor marginal” da estatal. Segundo a Petrobras, o valor marginal é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”. Os reajustes não terão periodicidade definida. Eis a íntegra do comunicado publicado em 16 de maio de 2024 (86 KB).
A aprovação foi uma vitória para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E marcou uma mudança significativa na gestão da estatal que, desde 2016, sob o governo de Michel Temer (MDB), praticava o sistema de PPI –amplamente criticado pelo governo petista.
O PPI considerava as variações da taxa de câmbio e o valor do barril de petróleo no mercado internacional. Também eram levados em conta valores de frete em navios, custos internos de transporte e taxas portuárias. Depois dessa medida, a estatal passou a ter lucros sucessivos e distribuiu dividendos de maneira recorde.
Para o sócio do CBIE, a metodologia atual “continuou tão nebulosa quanto no dia em que foi anunciada”. E continua: “Desde a última alteração de preços, há cerca de 240 dias, a gasolina vendida nas refinarias da Petrobras ficou com defasagem média negativa de 1,3% em relação à cotação internacional. No caso do diesel, que acumula aproximadamente 170 dias sem ajuste, a defasagem média ficou negativa em 4,2%”.
Segundo Pedro Rodrigues, a falta de reajustes impacta negativamente o setor de energia no Brasil. “A manutenção dos preços da gasolina tornou o etanol menos competitivo em parte significativa do território nacional. Já para importadores, assim como para refinarias independentes, a principal dificuldade foi manter a competitividade”, diz.
Assista (3min8s):
INFRA EM 1 MINUTO
Assista aos episódios anteriores do programa:
- 90º episódio: Caso Light reflete os problemas de distribuição de energia no Brasil;
- 89º episódio: Decisão do Cade sobre Petrobras cria insegurança;
- 88º episódio: A expansão dos data centers no Brasil;
- 87º episódio: A demissão de Prates e o futuro da Petrobras;
- 86º episódio: Petroleiras independentes dominam produção onshore pela 1ª vez;
- 85º episódio: Os resultados da produção de petróleo em 2023;
- 84º episódio: MP que reduz tarifas de energia tem fraquezas de longo prazo;
- 83º episódio: Envolvimento do Irã em Gaza pode afetar cadeias globais de energia;
- 82º episódio: Preços dos combustíveis seguem defasados apesar de alta internacional;
- 81º episódio: Governo estimula descarbonização da indústria automotiva;
- 80º episódio: Câmara aprova o PL Combustível do Futuro.