Anfavea revisa para baixo projeções de produção e exportação

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revisou para baixo suas projeções de produção e exportação de veículos em 2024. Em apresentação a jornalistas realizada nesta 5ª feira (4.jul.2024), a associação reduziu a estimativa do início do ano para fabricação de automóveis de 2,47 milhões para 2,44 milhões. O volume ainda é superior aos 2,33 milhões de 2023.

O cenário é mais pessimista para as exportações. Na avaliação da Anfavea, as vendas para o exterior devem ficar consolidadas em 320 mil unidades até o fim de 2024. No início do ano, a associação projetava um aumento nas exportações ante 2023, mas a nova estimativa coloca o volume 20,3% abaixo do registrado no ano passado.

Apenas as projeções da venda de veículos foram revisadas para cima. A Anfavea projeta que até o final do ano cerca de 2,56 milhões de unidades serão negociadas no mercado interno. Antes, a estimativa era de 2,45 milhões.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, declarou que o alto volume de importações registradas no 1º semestre de 2024 pressionou as projeções de produção e exportação.

No 1º semestre, o Brasil teve quase 200 mil emplacamentos de modelos importados, 38% a mais do que no mesmo período do ano passado. Das cerca de 54.100 unidades a mais, os veículos chineses representaram 78% do total, com alta de 449% sobre os primeiros 6 meses de 2023.

Como mostrou o Poder360, o avanço das importações chinesas tem preocupado a Anfavea, que já pleiteou junto ao governo uma elevação da tarifa de importação dos atuais 18% para 35%. Durante a apresentação, Leite reforçou o pedido das montadoras.

“Temos o imposto de importação mais baixo para modelos elétricos de origem chinesa no planeta, entre os países produtores, o que serve de atrativo para a importação acima de um saudável patamar de equilíbrio. Isso vem prejudicando nossa produção e ameaçando nossos investimentos e empregos. Por isso a demanda urgente da elevação do Imposto de Importação para 35%, como ocorre com outros importados. E que seria um patamar relativamente baixo frente ao de outros mercados importantes”, declarou.

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