Yasir Al-Rumayyan, governador do PIF (Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita), conhecido também pelos seus investimentos em times como Newcastle, Al Nassr, Al Ittihad, Al Hilal e Al Ahli, expressou interesse em expandir os investimentos no futebol brasileiro e em áreas estratégicas do país. Durante o FII Priority Summit, realizado no Rio de Janeiro em 12 de junho de 2024, Al-Rumayyan destacou os planos de expansão em tecnologia, energias renováveis e esportes, incluindo o futebol.
Em entrevista, Al-Rumayyan citou que cerca de 20% do orçamento do PIF, equivalente a US$ 200 bilhões, é destinado a projetos no exterior, incluindo o Brasil. Ele reafirmou o interesse da Arábia Saudita em investir em tecnologia, energia sustentável, mineração e também no futebol brasileiro. “Estamos no melhor lugar para discutir futebol,” afirmou ele.
Durante a entrevista, o diretor do BNDES, Nelson Barbosa, disse ser torcedor do Vasco, assim como o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, além de citar o atual presidente do Brasil, Lula. De forma bem humorada, Nelson e Eduardo pediu a Al-Rumayyan que investisse no clube carioca.
“Óbvio, aqui, para alguns investidores, nossos visitantes não vão entender, mas se alguém aí quiser investir no Vasco da Gama, eu e o presidente Lula agradecemos muito. A situação está muito crítica neste momento”, falou Eduardo Paes.
“Começamos os investimentos em 2016, por meio de uma de nossas subsidiárias. Agora estamos interessados em tecnologia, energias renováveis e, se tudo der certo, em futebol,” afirmou o executivo, que também preside o conselho da petrolífera estatal Aramco e do Instituto FII. Ele explicou que aproximadamente 80% dos investimentos do PIF são focados em projetos domésticos, especialmente em iniciativas verdes (greenfield) e geração de empregos. “O que estamos investindo internacionalmente é cerca de 20%, ou US$ 200 bilhões”.
Al-Rumayyan enfatizou que a Arábia Saudita é uma das nações líderes em energias renováveis e sustentabilidade, destacando que os combustíveis fósseis não podem mais ser a principal fonte de energia. “A Aramco pretende reduzir a produção diária de petróleo enquanto amplia os investimentos em renováveis,” afirmou ele, indicando uma mudança estratégica na abordagem energética do país.
Além disso, ele citou a posição estratégica do Brasil no mercado de energia renovável, sugerindo que o país tem potencial para se tornar um dos principais atores neste setor. “O Brasil está bem posicionado para ser um dos protagonistas em energia renovável. O que é necessário é uma boa regulação e pessoas capacitadas, como as que estão aqui,” concluiu.