76% das empresas no Brasil têm até 9 pessoas, diz IBGE

As empresas com no máximo 9 funcionários representavam 76,8% do total de companhias no Brasil em 2022, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta 5ª feira (20.jun.2024). Elas empregavam 16,9% das pessoas assalariadas no país.

  • 19,8% tinham de 10 a 49 funcionários;
  • 2,6% tinham de 50 a 249 funcionários;
  • 0,8% tinham 250 ou mais funcionários.

As companhias de grande porte tinham maior participação nas variáveis econômicas: detinham 50,1% do total de empregados, sendo 54,1% dos assalariados formais.

As informações do IBGE são da pesquisa Cempre (Cadastro Central de Empresas). Os dados mostram o perfil das empresas no ano de 2022, mas não podem ser comparados com os anos anteriores por conta de uma mudança na metodologia do estudo, que interrompeu a série histórica de 2007 a 2021.

Perfil das empresas

O Brasil tinha em 2022, 9,4 milhões de empresas formais, que empregavam 62,7 milhões de pessoas.

O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas registraram o maior número de empresas ativas (29,1%). Atrás apareceu o segmento de atividades administrativas e serviços complementares (9,8%).

Mulheres ganham menos

O pagamento mensal das mulheres em 2022 era 17% menor do que o dos homens. A pesquisa mostra que enquanto uma funcionária recebia em média R$ 3.241,18, o mesmo cargo ocupado por um homem ganhava R$ 3.791,58. O cenário se dá em 82% dos principais setores.

As ocupações femininas se dão em sua maioria nas áreas de saúde humana, serviços sociais, educação,  alojamento e alimentação. Os homens, por sua vez, estão nas áreas de construção, indústria e transporte.

Os salários médios mensais mais altos em 2022 foram pagos pelas empresas com 250 ou mais funcionários (R$ 4.528,67). O valor é 152,6% maior do que o salário pago pelos empreendimentos com até 9 pessoas. Neste grupo, o pagamento médio foi de R$ 1.793,08.

O pagamento médio mensal do brasileiro foi de R$ 3.542, valor maior do que o salário mínimo na época (R$ 1.212).

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