Percentual de quem evita se informar sobe 10 p.p. em 7 anos

O percentual de quem evita se informar subiu de 29% em 2017 para 39% em 2024 em todo o mundo. No Brasil, são 47% –alta de 6 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando eram 41%. Os dados são de pesquisa do Reuters Institute, realizada em 47 países. Eis a íntegra (PDF – 16 MB).

Os principais motivos citados são que 1) a mídia seria repetitiva e enfadonha e 2) a natureza negativa de certas informações faz com essas pessoas se sintam ansiosas e impotentes.

Globalmente, 40% afirmam acreditar nas notícias “na maior parte do tempo” –em 2023, era o mesmo percentual. A Finlândia continua sendo o país com a maior taxa (69%), enquanto a Grécia (23%) e a Hungria (23%) são os com a menor. O Brasil tem 43%, mesmo percentual do ano passado.

Para chegar a esses percentuais, a pesquisa perguntou aos entrevistados: “Pensando nas notícias em geral, você concorda ou discorda da afirmação de que pode confiar na maioria das notícias na maior parte do tempo?”.

No mundo, foram 36% que disseram ver mais fake news ou erros sobre política. Em seguida, aparecem pandemia (30%) e economia (28%).

Para chegar a essas taxas, a pesquisa perguntou aos entrevistados: “Você viu informações falsas ou enganosas sobre algum dos seguintes tópicos na última semana?”.

Desde 2020, as redes sociais aparecem à frente da TV como fonte de notícias para os brasileiros. São 51% os que dizem usá-las para se manter informados. Em 2023, eram 57%. 

A categoria on-line, citada por 74%, também registrou retração em comparação com o ano anterior –eram 79% em 2023. O impresso caiu de 12% para 11% em 2024. 

O estudo também mostra que 41% dos brasileiros usam as mídias sociais para divulgar notícias. Eram 42% no ano passado. O top 3 é formado por WhatsApp, YouTube e Instagram.

METODOLOGIA

A pesquisa entrevistou por meio on-line 94.943 pessoas em janeiro e fevereiro de 2024 em 47 países:

  • EUA;
  • Reino Unido;
  • Alemanha;
  • França;
  • Itália;
  • Espanha;
  • Portugal;
  • Irlanda;
  • Noruega;
  • Suécia;
  • Finlândia;
  • Dinamarca;
  • Bélgica;
  • Holanda;
  • Suíça;
  • Áustria;
  • Hungria;
  • Eslováquia;
  • República Tcheca;
  • Polônia;
  • Croácia;
  • Romênia;
  • Bulgária;
  • Grécia;
  • Turquia;
  • Coreia do Sul;
  • Japão;
  • Hong Kong (a Reuters Institute considerou como país);
  • Índia;
  • Indonésia;
  • Malásia;
  • Filipinas;
  • Taiwan (a Reuters Institute considerou como país);
  • Tailândia;
  • Cingapura;
  • Austrália;
  • Canadá;
  • Brasil;
  • Argentina;
  • Colômbia;
  • Chile;
  • Peru;
  • México;
  • Marrocos;
  • Nigéria;
  • Quênia;
  • África do Sul.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.