A China e a França lançaram neste sábado (22.jun.2024) um satélite com objetivo de obter informações sobre a formação do universo. A previsão é de que a missão Svom dure 3 anos.
A tecnologia foi desenvolvida em colaboração da CNSA (Administração Espacial Nacional da China) com o CNES (Centro Nacional de Estudos Espaciais), da França.
Assista à decolagem do foguete que levou o satélite ao espaço:
Blastoff! A #LongMarch2C rocket carrying the Space Variable Objects Monitor 🇨🇳📷(#SVOM)Satellite, has been launched from the #Xichang Satellite Launch Center in Sichuan Province.@CNES @esa @NMK_ZeroG @IRAP_France @CNRS @iafastro @jamesdcarpenter @aarti_holla
(Video:Xu Lihao) pic.twitter.com/vC1cuIi2So— Wu Lei (@wulei2020) June 22, 2024
A partir da missão, será possível detectar e estudar as explosões ou fusões de estrelas mais distantes, chamadas explosões gama. Segundo a CNES, as explosões de raios gama são eventos complexos de serem observados devido a sua transitoriedade.
“Durante a explosão, este breve e intenso brilho gama é geralmente seguido por uma emissão de raios X, bem como de radiação luminosa visível que pode ser observada durante alguns dias. Para detectar, localizar e estudar eficazmente todos estes fenômenos, o Svom dispõe de 4 instrumentos: 2 concebidos e construídos pela China e 2 pela França”, disse a CNES em comunicado.
A missão, lançamento, satélite e operações da missão Svom estão sob responsabilidade chinesa. Já o projeto e a produção de instrumentos e componentes terrestres são compartilhados entre a China e a França.
De acordo com a CNES, algumas explosões de raios gama ocorrem quando duas estrelas de nêutrons, ou uma estrela de nêutrons e um buraco negro, orbitam uma à outra, antes de se aproximarem e se fundirem. Estuda-se também se as explosões estão ligadas à morte súbita de estrelas muito massivas em galáxias distantes.
“Portanto, antes de chegar até nós, a luz dessas estrelas atravessa vários bilhões de anos-luz e assim assume a marca das múltiplas eras do Universo. Em outras palavras, estudar as explosões de raios gama contribui para uma melhor compreensão da formação do nosso Universo”, diz a CNES.