Efeitos das chuvas no RS sobre preços já foram vistos em maio, diz BC

O BC (Banco Central) informou que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre os preços já foram observados em maio, principalmente, no valor dos alimentos. A informação foi divulgada nesta 5ª feira (27.jun.2024) no Relatório Trimestral de Inflação da autoridade monetária.

Na região metropolitana de Porto Alegre, área que compõe o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) com peso de 8,6% e que foi fortemente atingida pelas chuvas, teve uma variação do índice de 0,87% ante 0,42% da média das outras áreas que compõem a taxa e 0,46% na média nacional. Eis a íntegra do relatório (PDF – 13 MB).

Segundo o relatório, as maiores diferenças de variação de preços podem ser vistas em gás de botijão, com 7,39% em Porto Alegre e 0,36% em outras regiões. Enquanto a alimentação no domicílio, teve variação de 3,64% na capital e 0,34% nas demais áreas.

Enquanto na área de alimentação, a alta de preços atingiu os produtos in natura. “Como esses produtos têm ciclo de produção curto, espera-se que essa alta reverta mais rapidamente”, disse o BC.

“Contudo, o RS também é um importante produtor de arroz e trigo (o Estado é responsável por 70% e 40% da produção doméstica desses produtos, respectivamente), que têm ciclos de produção mais longos e cujos preços subiram em maio”, afirmou.

Apesar das evidências de queda expressiva da atividade no Rio Grande do Sul, o BC disse esperar que “os esforços para a reconstrução do RS contribuam positivamente para o crescimento do PIB (do Brasil) no 2º semestre, somando-se ao impacto defasado da redução do grau de aperto monetário ocorrido ao longo do último ano”.

PIB do Rio Grande do Sul

O PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul corresponde por 6,5% do indicador nacional, sendo essa participação maior na agropecuária (12,7%) e na indústria de transformação (8,4%).

As áreas mais afetadas pelas chuvas representam 48,5% da população e 53,3% do PIB gaúcho.

O BC informou que o IBCR (Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central) do Estado será divulgado em julho, o que permitirá uma 1ª avaliação da queda da econômica em termos agregados.

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