Harvard não fez “má gestão” de corpos doados para estudo, decide juiz

O Tribunal Superior do Condado de Suffolk, em Boston (EUA), decidiu na 2ª feira (12.fev.2024) encerrar as ações judiciais que acusavam a Universidade Harvard de “má gestão” de corpos doados para a escola de medicina. A informação é da Reuters.

O caso, movido pelas famílias que doaram os cadáveres, acusava um ex-gerente do necrotério da instituição de ensino, Cedric Lodge, de vender partes dos cadávares no mercado ilegal.

O juiz Kenneth Salinger entendeu que a HMS (Escola de Medicina de Harvard, na sigla em inglês) não era legalmente responsável pela conduta do funcionário.

“Pelo contrário, o esquema de Lodge foi supostamente realizado apenas para ganho pessoal e não poderia, de forma alguma, ter beneficiado a HMS ou promovido seus interesses”, escreveu Salinger.

Harvard possui imunidade sob uma norma estadual que regula a doação de corpos humanos para pesquisa. Segundo o juiz, as alegações das famílias que denunciaram o caso não foram suficientes para fazer com que o caso suplantasse a imunidade.

As famílias deverão entrar com recurso, segundo a Reuters. “Essas famílias tiveram que reviver o trauma de perder seus entes queridos muitas vezes, e acreditamos firmemente que elas merecem um dia no tribunal”, disse a advogada Kathryn Barnett.

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