Uma equipe técnica do Arquivo Nacional desembarcou na 2ª feira (1º.jul.2024) no Rio Grande do Sul para visitar acervos afetados pelas enchentes no Estado. A instituição presta auxílio de forma remota desde 30 de abril. O objetivo é acompanhar a situação atual dos documentos físicos e das demandas de cada município.
Houve encontros com a equipe do Apers (Arquivo Público do Rio Grande do Sul) e com representantes de instituições que tiveram acervos comprometidos na capital gaúcha, como a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Segundo o Arquivo Nacional, 19 órgãos e entidadades do Estado entraram em contato e receberam orientações sobre preservação e recuperação de documentos. A instituição disponibiliza um serviço de helpdesk (central de ajuda) permanente por e-mail e aplicativos de mensagens.
As chuvas que atingiram a região durante o mês de maio provocaram danos ao patrimônio público e privado. Em casos extremos, os documentos não têm mais recuperação. Neste caso, deverá ser emitida uma nota técnica pela instituição, na qual se recomenda a eliminação do material.
Quando os órgãos estão ligados à administração pública federal, é obrigatória a autorização expressa do Arquivo Nacional.
Recomendações
Os técnicos da Coordenação de Preservação do Acervo do AN realizaram testes, simularam a situação dos arquivos e pensaram em soluções mais eficientes para o resgate. Os experimentos foram monitorados na fábrica de papel mantida pela instituição no Rio de Janeiro.
Uma das orientações dadas aos órgãos é priorizar quais documentos serão resgatados. Como aqueles documentos que não têm cópias digitalizadas.
Outra recomendação é o congelamento do acervo quando a quantidade de documentos afetados pela água é maior do que a capacidade de monitoramento e tratamento. O congelamento impede que os documentos apodreçam por causa da umidade e do tempo prolongado submerso na água.
Com informações da Agência Brasil.