O Hamas aguarda uma resposta de Israel sobre a proposta de cessar-fogo, disseram autoridades a Reuters neste domingo (7.jul.2024). O grupo extremista aceitou negociar com os Estados Unidos a libertação de reféns israelenses.
“Deixamos a nossa resposta com os mediadores e estamos aguardando para ouvir a resposta”, afirmou um dos responsáveis do Hamas a agência de notícias, que pediu para não ser identificado.
A expectativa é de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discuta neste domingo os próximos passos da negociação do plano apresentado pelos EUA.
O acordo em fases desenvolvido por Washington, segundo a Associated Press, incluiria um cessar-fogo “completo” de 6 semanas que veria a libertação de vários reféns, incluindo mulheres, idosos e feridos, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
Durante os 42 dias, as forças israelenses se retirariam de áreas densamente povoadas de Gaza e permitiriam o retorno de pessoas deslocadas para suas casas no norte da região.
CONFLITO EM GAZA
O conflito foi iniciado em 7 de outubro, quando o Hamas atacou cidades do sul de Israel. No dia, 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 levadas para Gaza como reféns.
Segundo o governo israelense, o Hamas ainda mantém cerca de 120 reféns. Acredita-se que 1/3 deles esteja morto.
Desde então, a ofensiva aérea e terrestre israelense matou mais de 38.000 pessoas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.
Autoridades internacionais afirmam que os ataques causaram uma devastação no território e uma crise humanitária, com centenas de milhares de pessoas à beira da fome.