O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 2ª feira (8.jul.2024) que é preciso ficar “vigilante” contra “falsos democratas” em seu discurso na cúpula do Mercosul, no Paraguai. Ele criticou a tentativa de golpe na Bolívia, culpou a Europa pelo fracasso de acordo com bloco e citou avanços com a China.
“A reação unânime ao 26 de Junho na Bolívia e ao 8 de Janeiro no Brasil demonstram que não há atalhos à democracia em nossa região. Mas é preciso permanecer vigilante. Falsos democratas tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários. Enquanto nossa região seguir entre as mais desiguais do mundo, a estabilidade política permanecerá ameaçada”, disse.
Assista (2min11s):
Para Lula, os “bons economistas” sabem que não há só pontos positivos no livre mercado. Ele afirmou que, quem conhece a América do Sul, sabe reconhecer qualidades em Estados indutores e planejadores.
“O Mercosul é resiliente e tem sobrevivido aos difíceis anos de desintegração. Pensar igual nunca foi critério para engajamento construtivo nas tarefas do bloco”, declarou.
Assista à íntegra do discurso (14min57s):
ACORDO UE-MERCOSUL
O presidente culpou a Europa pelo fracasso do acordo do bloco europeu com o Mercosul: “Só não concluímos o acordo com a União Europeia porque os europeus ainda não conseguiram resolver suas próprias contradições internas.”
Lula também citou ser necessário avançar em outros acordos, como com a China, e elogiou um compromisso fechado com a Palestina. Aproveitou a fala para criticar a guerra que chamou de “irracional”.
“Espero que neste ano possamos aprofundar o diálogo sobre um acordo abrangente com a China. Aprimorar o Sistema de Pagamentos em Moeda Local será importante tarefa da próxima presidência pro tempore”, declarou.