A pouco mais de 3 meses das eleições presidenciais, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vem enfrentando pressões internas e externas em sua campanha eleitoral.
O democrata, de 81 anos, é o chefe do Executivo norte-americano mais velho a comandar a Casa Branca. A idade avançada, juntamente com as dúvidas acerca de sua capacidade cognitiva e mental, preocupa apoiadores. Para os republicanos, a fragilidade pode ser o trunfo necessário para conquistar o pleito de novembro.
A pressão sobre o democrata aumentou depois de o presidente norte-americano apresentar um fraco desempenho no debate contra Donald Trump. Durante o embate, Biden teve dificuldades para completar raciocínios, gaguejou e pareceu se perder em diversos momentos.
A atuação de Biden no debate culminou numa onda de críticas por parte da imprensa. O New York Times publicou um editorial afirmando que o presidente deveria desistir da reeleição. Alguns deputados e senadores democratas também entraram na onda. Querem que o chefe do Executivo seja substituído por outro candidato.
Biden afirmou que o debate foi apenas “uma noite ruim”. Não convenceu. Viu seu apoio na corrida presidencial estremecer. Foi cobrado por apoiadores –como o ator George Clooney e patrocinadores de campanha– para que repense sua candidatura.
Os deslizes do presidente norte-americano tem se tornado cada vem mais frequente. Na 5ª feira (11.jul), Biden cometeu mais duas gafes, uma em sequência da outra: 1º) chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “Putin” e 2º) confundiu a vice-presidente Kamala Harris com Trump. A internet ferveu com memes.
Caso reeleito, Biden terá 86 anos ao fim de seu mandato. Kamala Harris é a favorita para substituir o democrata caso ele desista de tentar a reeleição. O líder norte-americano, no entanto, descartou a possibilidade. Afirmou ser o “mais qualificado” para vencer o Trump.
O próximo debate presidencial, organizado pela ABC News, está marcado para 10 de setembro. A eleição será em 5 de novembro. Outro desempenho desanimador do democrata pode custar o assento na Casa Branca.
Até a noite de 6ª feira (12.jul), Biden tinha o seguinte placar no Congresso, segundo o New York Times:
- Câmara – 19 dos 213 democratas já se manifestaram publicamente pedindo sua desistência;
- Senado – 1 de 47 democratas já emitiu a mesma opinião.