Aproximadamente 3/4 da população brasileira (75,7%) mora em locais com uma estrutura adequada de saneamento básico. Os dados são da edição de 2022 do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações sobre as características dos domicílios foram divulgadas nesta 6ª feira (23.fev.2024). Leia a íntegra do levantamento (PDF – 1 MB).
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O levantamento do IBGE considera como estrutura adequada de saneamento básico os métodos reconhecidos pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico). Leia abaixo quais são e o percentual da população:
- rede geral ou pluvial – 58,3%;
- fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede – 4,2%;
- fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede – 13,2%.
Já 24,3% da população brasileira vive em domicílios com estrutura precária de saneamento básico. Para a maioria (19,4%) desse segmento, a “fossa rudimentar ou buraco” era a forma de esgotamento sanitário. Leia mais abaixo:
- fossa rudimentar ou buraco – 19,4%;
- esgotamento por rio, lago, córrego ou mar – 2,0%;
- esgotamento por vala – 1,5%;
- outra forma – 0,7%;
- não tem banheiro ou sanitário no domicílio – 0,6%.
DIVISÃO POR REGIÕES
O Norte é a região do Brasil com o menor percentual da população com acesso a uma estrutura adequada de saneamento básico: são só 46,4% –menos da metade dos seus 17,2 milhões de habitantes. O Sudeste lidera (90,7%).
Houve uma melhora em todas as regiões em relação a 2010. Leia no infográfico abaixo:
O Estado com o pior percentual da população com acesso a uma estrutura adequada de saneamento básico fica no Norte. É Rondônia, com 39,4%, seguido de Maranhão (41%) e Pará (45%) –também no Norte.
Do outro lado da ponta, São Paulo lidera, com 94,5%. Completam o top 5: Distrito Federal (94,1%), Rio de Janeiro (90,6%), Santa Catarina (89,3%) e Minas Gerais (84,3%) –todos estão acima da média nacional, de 75,7%.
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ATRASO NO CENSO DEMOGRÁFICO
O Censo Demográfico é realizado a cada 10 anos e estava previsto para 2020, mas foi atrasado por causa da pandemia.
Em março de 2020, o IBGE anunciou o adiamento do levantamento para 2021 por conta da evolução de casos de covid no Brasil.
Em abril de 2021, o governo Bolsonaro adiou novamente a coleta de informações. O então secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que não havia recursos previstos no Orçamento.
Em janeiro de 2022, o STF determinou que o governo tomasse providências para realizar o Censo ainda naquele ano. Em agosto, os recenseadores saíram às ruas.
Inicialmente, a conclusão estava prevista para outubro. Foi adiada para meados de dezembro e, posteriormente, estendida para 2023. A pesquisa enfrentou dificuldades como a recusa de pessoas a responder o questionário. O ex-presidente do IBGE Roberto Olinto classificou esta edição do levantamento como uma “tragédia absoluta”.