O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou nesta 2ª feira (5.fev.2024) a busca e apreensão contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da Oposição na Câmara. O congressista foi alvo de operação da PF (Polícia Federal) e é acusado de manter “forte ligação” com um dos organizadores do 8 de Janeiro.
“Sou chamado de líder até pelos senadores do governo, qualquer conversa que fosse interceptada no meu telefone eu seria provavelmente alvo de uma busca”, disse Marinho em entrevista ao programa “Roda Viva” da TV Cultura.
A declaração de Marinho faz referência a trocas de mensagens do deputado federal com um vereador suplente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) e funcionário público da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, preso por suspeita de financiar o transporte de extremistas para Brasília na véspera do 8 de Janeiro. A conversa é citada em documento da PGR (Procuradoria Geral da República) que baseou a operação da PF (Polícia Federal).
A linha investigativa da PF vê indícios de uma possível relação de comando entre Carlos Jordy e o vereador com base, que chamava o deputado de “meu líder” e pede instruções ao deputado, dizendo que tem o “poder de parar tudo”. Na mesma data, eram mobilizadas as primeiras paralisações em rodovias pelo país. Eis a íntegra do documento (PDF – 3,7 MB).
Para o senador, o episódio com o deputado Jordy demonstrou que há “fragilidades” no processo da investigação. Marinho disse que a oposição sofre “perseguição” e que há um “simbolismo” na situação, já que o deputado é líder na Casa Baixa.