A Unafisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal, criticou a decisão do governo de isentar o Imposto de Renda dos trabalhadores que ganham até 2 salários mínimos. Em nota, a entidade disse que a medida impacta só uma parcela da população, sem abordar as desigualdades tributárias existentes, e “sacrifica” classe média.
Com a decisão do governo, o teto da faixa de isenção sai de R$ 2.112 para R$ 2.259,20.
Segundo o presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva, a medida representa um “caminho fácil” para o governo. Para ele, a proposta do governo de isentar os trabalhadores que ganham até R$ 5.000 até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) torna-se “praticamente impossível” de ser cumprida com uma abordagem seletiva.
“Foi decepcionante ao ver que o governo, menos de 1 semana após reafirmar essa promessa de campanha, adota uma medida que indica uma renúncia à sua realização”, diz a entidade.
Na nota, a Unafisco Nacional defendeu que se leve em consideração não somente a população mais vulnerável, mas também toda a estrutura tributária do país.
A entidade afirma que a isenção para quem recebe até 2 salários custará R$ 344,8 milhões a mais aos cofres públicos.
Eis a íntegra da nota:
“Para Unafisco Nacional, governo continua sacrificando a classe média mesmo com a recente correção da tabela do Imposto de Renda”
São Paulo, 7 de fevereiro de 2024″
A Unafisco Nacional, entidade que representa os auditores fiscais da Receita Federal, expressou profunda frustração com a recente decisão do governo federal de corrigir seletivamente a tabela do imposto de renda, isentando apenas quem ganha até dois salários mínimos.”
O presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva, destacou que essa medida representa um caminho fácil para o governo, pois impacta apenas uma parcela da população, sem abordar as desigualdades tributárias existentes. Silva ressaltou que a promessa do governo de isentar quem ganha até R$ 5 mil até o final do mandato torna-se praticamente impossível de ser cumprida com essa abordagem seletiva.”
Silva também criticou o favorecimento dos mais ricos, que continuam isentos de imposto de renda sobre lucros e dividendos, enquanto a classe média é sobrecarregada com o peso das políticas públicas. Foi decepcionante ao ver que o governo, menos de uma semana após reafirmar essa promessa de campanha, adota uma medida que indica uma renúncia à sua realização.”
A Unafisco Nacional reitera a importância de uma abordagem justa e equitativa na correção da tabela do imposto de renda, que leve em consideração não apenas os mais vulneráveis, mas toda a estrutura tributária do país.”