A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta 4ª feiura (7.fev.2024) que o objetivo do conjunto de ações do programa de eliminação de doenças lançado nesta 4ª feira (7.fev.2024) pelo Ministério da Saúde é fazer com que as doenças miradas pelo plano virem “história”.
A declaração foi dada durante discurso no evento de lançamento do programa “Brasil Saudável – Unir para cuidar”, em Brasília. A iniciativa visa a eliminação e controle de doenças e infecções “socialmente determinadas” –como a tuberculose, hanseníase, HIV/Aids, entre outras que afetam os grupos populacionais mais vulneráveis– até 2030.
Doenças “socialmente determinadas” são aquelas que têm relação com fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. O programa será coordenado por um comitê interministerial que envolve 14 pastas do governo federal.
“Os determinantes sociais impactam todas as doenças, não só as do nosso programa de eliminação […] mas essas doenças [do programa] são aquelas que vemos que temos condição de, com trabalho, com política pública, com engajamento da sociedade civil, nós poderemos fazer com que sejam história”, afirmou a ministra.
AUTORIDADES PRESENTES
Além de Nísia, também estava presentes a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom; o ministro da Saúde da Indonésia, Budi Gunadi Sadikin; e o diretor da Opas (Organização Pan-americana da Saúde), Jarbas Barbosa, entre outras autoridades.
Adhanom comemorou a iniciativa do ministério de lançar o programa de erradicação. Também elogiou sua atuação no combate à dengue –doença cujos casos têm disparado no Brasil neste início de ano. Ele recebeu uma placa em homenagem aos “relevantes serviços” prestados à saúde mundial durante o evento.
Em fala a jornalistas depois do evento, Nísia afirmou que, apesar do aumento de casos e mortes pela doença em 2024, ainda “não faz sentido” decretar uma situação de emergência nacional no país.
“A eliminação de doenças é o maior presente que um governo pode dar ao seu povo. Nem todas podem ser erradicadas, mas aquelas escolhidas pelo Brasil nesse plano podem, sim, ser eliminadas. Nós temos as ferramentas, temos o know-how”, afirmou a ministra.
“A razão pela qual essas doenças ainda não foram eliminadas, em grande medida, são de natureza social, e não científica”, completou.
Segundo o governo, esta é a 1ª vez que um país lança uma política governamental que propõe a eliminação, a nível nacional, de 14 doenças ou condições de transmissão vertical determinadas socialmente como problemas de saúde pública.
Na 3ª feira (6.fev), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, anunciou que o Ministério da Saúde destinará R$ 60 milhões para Estados e municípios para estratégias de Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose.