O Brasil movimentou cerca de 1,3 bilhão de toneladas de mercadorias no modal aquaviário em 2023. É o recorde histórico do setor e representa um aumento de 6,9% em comparação ao ano anterior. Os dados são da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Cerca de 30% dessa carga foram minérios de ferro. O país movimentou 388 milhões de toneladas do produto em 2023. Esse montante é 7,5% superior ao registrado em 2022, quando o Brasil representou 16% de toda movimentação de minérios do mundo.
A 2ª categoria que mais foi transportada em águas brasileiras foram petróleo e seus derivados, com 218 milhões de toneladas. Fechou o pódio de cargas a soja com 129 milhões de toneladas. O produto agrícola foi o que apresentou a maior evolução no comparativo com 2022. Foram movimentadas 29,7% a mais do que no ano anterior.
Entre os portos organizados brasileiros, o Porto de Santos liderou o ranking de movimentação de cargas. O porto localizado no litoral paulista movimentou 136 milhões de toneladas em 2023, o equivalente a 30,1% do total nesse tipo de instalação.
Em seguida estão os portos de Paranaguá, no Paraná, e de Itaqui, no Rio de Janeiro. Essas instalações movimentaram 58 e 56 milhões de toneladas, respectivamente.
O setor aquaviário do Arco Sul – corresponde aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul – responde por 64,3% das movimentações (847,8 milhões de toneladas). Apesar desse domínio, o balanço anual da Antaq registrou que pela 1ª vez o Arco Norte superou o Arco Sul em movimentação de soja e trigo.
O secretaria nacional de Portos, Alex Ávila, disse que esse é um resultado do trabalho do governo de fortalecimento dos portos e terminais das regiões Norte e Nordeste. Avila disse que até o fim da década, mais de 50% da safra agrícola será escoada pelo Arco Norte.
PROJEÇÕES
A Antaq estima qe o recorde de movimentação de cargas será batido consecutivamente nos próximos 4 anos. A agência informou que o transporte de mercadorias deve evoluir 10 milhões de toneladas por ano até 2025. Já entre 2026 e 2027, a projeção da entidade é que o país movimente 1,39 bilhão e 1,41 bilhão de toneladas, respectivamente.