Os candidatos aprovados no Concurso Público Nacional Unificado podem ter que se capacitar para assumirem os cargos. As aulas serão ministradas pela Enap (Escola Nacional de Administração Pública) e terão modalidade presencial ou remota, a depender da vaga aplicada.
A escola se prepara para receber cerca de 1.400 estudantes na sede da instituição em Brasília, disse a presidente do órgão, Betânia Lemos. Esses alunos serão os selecionados dos seguintes cargos:
- especialista em política pública e gestão governamental;
- analista técnico de política social;
- analista em tecnologia da informação;
- analista em infraestrutura;
- analista em comércio exterior.
Os cursos presenciais terão carga horária de 360 horas a 540 horas. Precisam ser completamente realizados para que os candidatos possam se tornar funcionários públicos. Provas serão realizadas para medir a capacidade dos estudantes.
A prova teve 2,7 milhões de inscritos confirmados até sábado (10.fev). Os resultados do concurso devem sair em 5 de agosto. A presidente Betânia diz que os editais para convocação dos cursos serão lançados no dia seguinte. As aulas começam efetivamente em setembro.
“Não é só vir. É vir, se empenhar nos estudos, passar nas provas. Aí sim vão poder tomar posse já como especialista na área em que vão trabalhar”, declarou Betânia ao Poder360.
As especializações serão compreendidas na modalidade lato sensu –programas que incluem o status de MBA (Master Business Administration).
Caso os estudantes não sejam aprovados no processo, serão desclassificados e os candidatos abaixo na lista irão no lugar.
Os professores que lecionam os cursos serão chamados a partir de um banco de talentos da Enap. Ainda não há uma expectativa sobre a quantidade de profissionais contratados para lecionar, declarou Betânia.
Questionada sobre quanto dinheiro seria direcionado para a capacitação, Betânia respondeu que ainda não há definição. O custo de todo o processo de aplicação do concurso é estimado pelo governo em R$ 2 bilhões.
Os recursos vêm do Orçamento da União. Parte é do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos –responsável pela Enap. Os ministérios onde os funcionários públicos trabalharão também enviarão recursos à iniciativa.
A presidente afirmou que a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) está contente com as possibilidades da capacitação. “Trabalhamos juntos”, disse.
Na imagem, Betânia Lemos, presidente da Enap
AULAS REMOTAS
Os outros aprovados no concurso terão a oportunidade de fazer aulas on-line. Os conteúdos lecionados nesta modalidade são mais simbólicos.
Segundo Betânia, os aprovados aprenderão sobre assuntos ligados à ética e comportamento do setor público.
“Vamos ter uma série de matérias que vão é que tem como objetivo construir o que é ser um servidor público”, falou.
Os cursos remotos terão duração de 250 horas.
No geral, esses cursos serão ofertados para todos os 6.640 aprovados na prova –tanto de graduação quanto no ensino médio ou superior.
Betânia deu uma dica para as pessoas que querem fazer a prova do Concurso Público Unificado: “Estudem mesmo. Tentem e se preparem”.
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